psicanálise e parentalidade

Parentalidade e Capacitismo
2 de maio

O primeiro eixo trata das implicações de uma compreensão capacitista da parentalidade no contexto da clínica psicanalítica e da vida de famílias e pessoas com deficiências, em suas comunidades e no contato com instituições como a escola. O que a luta anticapacitista e as leituras da teoria psicanalítica podem acrescentar ao tema? Como a luta anticapacitista age sobre a clínica psicanalítica?

Ilana Katz – psicanalista, pesquisadora no IP/USP, LATESFIP/USP. Doutora em Educação na FE/USP, pós-doutorado em Psicologia Clínica no IP/USP. Integrante da Rede Nacional de Pesquisas em Saúde Mental de Crianças e Adolescentes (SMCA). Foi assessora do projeto Primeira Infância na Maré: Acesso a Direitos e Práticas de Cuidado” (Redes da Maré- RJ); é conselheira do Projeto Aldeias, no Médio Xingu e integrante do conselho consultivo do Instituto Cáue — Redes de Inclusão; Psicanalista no Micélio – Programa de Co-formação de Jornalistas-Floresta no Xingu; supervisora no Núcleo de Estudos e Trabalhos Terapêuticos (NETT) e colunista de Sumaúma, Jornalismo no centro do mundo.

Karla Garcia – Graduada em Psicologia pela Universidade Católica de Santos, mestra e doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Núcleo de Estudos da Deficiência (NED/UFSC). Conselheira e pesquisadora do Instituto Cáue – Redes de Inclusão. Membro do Grupo de Trabalho Interministerial da Avaliação Biopsicossocial da Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Servidora pública federal no cargo de psicóloga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC). É mãe, pesquisadora, palestrante e ativista defiça na área dos Estudos Feministas da Deficiência.

Parentalidade e Trabalho Doméstico
9 de maio

O segundo eixo abordará a parentalidade no contexto do trabalho doméstico, que evidencia cristalizações sociais dos papeis de cuidado na família e revela abismos quando entram em cena marcadores econômicos e de raça.
Investigamos como a teoria psicanalítica, que historicamente tem dado bastante peso e consequência à presença, ausência e atuação das figuras primordiais de cuidado, se comporta diante da realidade de trabalhadoras e donas de casa superexploradas e de famílias que terceirizam todas as atividades do dia-a-dia de suas crianças.

Vera Iaconelli – psicanalista, mestre e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo, membra do Instituto Sedes Sapientiae e da Escola do Fórum do Campo Lacaniano, autora dos livros “Mal-estar na maternidade” (Zagodoni, 2020), “Criar filhos no século XXI” (Contexto, 2019), “Manifesto antimaternalista” (Zahar, 2023) e uma das organizadoras da Coleção “Psicanálise & Parentalidade” (Autêntica, 2020), colunista da Folha de São Paulo e diretora do Instituto Gerar de Psicanálise.

Ediane Maria do Nascimento  –  Deputada estadual (PSOL-SP). Primeira trabalhadora doméstica a ocupar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Coordenadora do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e do Movimento Raiz da Liberdade.

Parentalidade e Território
16 de maio

O terceiro eixo traz a parentalidade vista em seu encontro com o território. Como ficam as exigências de performance, inclusive as propostas em vários momentos da teoria psicanalítica, quando cuidadores e crianças vivem, por exemplo, situações de extrema vulnerabilidade e diferentes formas de violência? O que nos diz a escuta clínica de pessoas e famílias em territórios sob constante ameaça? Além disso investigamos outras formas possíveis de cuidado em que o acolhimento coletivo pode transformar a ideia de família.
Douglas Rodrigues Barros – Psicanalista, escritor, doutor em Ética e Filosofia Política, mestre em Estética e Filosofia da Arte e graduado em Filosofia – toda a trajetória acadêmica realizada na Unifesp. Editor e conselheiro editorial do LavraPalavra, é autor de “Hegel e o sentido do político” (LavraPalavra, 2022), “Racismo” (Fibra/Brasil, 2020) e “Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial” (Hedra, 2019). Militante do movimento negro, foi coordenador político da Uneafro.


Érika Pellegrino –  Docente do curso de Medicina da UFPA – Campus Altamira. Mestra pelo MESPT – Mestrado Profissional em Sustentabilidade e Povos Tradicionais – UnB. Formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2011. Especialista em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 2015. Membro da SBPFE – Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estrutural.

Parentalidade e Masculinidades
23 de maio

O quarto e último eixo questiona a figura paterna e a ideia de cuidado e família em relação às subjetividades masculinas. Aqui também abordaremos como os marcadores de raça influenciam e modificam as experiências pessoais e sociais de famítias, homens e meninos com os ideiais de masculinidade. De que forma isso já aparece na teoria, o que está em construção nesse sentido e como essas questões podem ser escutadas na clínica?

Priscilla Santos de Souza – Psicanalista e doutoranda em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Laboratório de Pesquisa e Extensão – Psicanálise, Sociedade e Política (PSOPOL) onde constrói o Projeto de Extensão Relações Raciais, Psicanálise e Gênero. Atua como Técnica em Assuntos Educacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC). É membro da Rede Interamericana de Pesquisa em Psicanálise e Política (RedIPPol) e do Movimento de Mulheres Olga Benario.

Paulo Bueno – psicanalista, psicólogo (PUC-SP), mestre e doutor em Psicologia Social (PUC-SP).  Supervisor Clínico. Pesquisador do Núcleo Psicanálise e Sociedade (PUC-SP). Integrou o Grupo Balaio de Acompanhamento Terapêutico (Sedes Sapientae). Professor convidado do Programa Fellowship (Columbia University/EUA). Temas de pesquisa: psicanálise e instituições, saúde pública, relações raciais.

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